Era uma vez um estábulo no caminho para Belém.
Era sujinho, pobrezinho, muito simples!
O Boi que vivia ali percebe que alguma coisa está mudada. O ar não é mais o mesmo: há um cheiro estranho, muito bom, muito doce! O céu não está igual a todas as noites: as estrelas brilham muito e mais perto!
O Boi vê que tudo está diferente e chama o Burro que não percebe nada.
E a Estrela de Belém para! Para bem em cima do estábulo!
Os dois não acreditam! Ele, o Menino, não pode nascer ali, naquele lugar tão humilde, pequeno, sujinho. Ou a Estrela se enganou ou eles têm que deixar tudo limpinho, brilhando para receber o Menino.
É essa a ideia do Boi, que pega uma vassoura e começa a limpar tudo. O Burro imita o Boi e pega um pano. Os dois vão limpando tudo, ajeitando a palha da manjedoura, varrendo o chão de terra batida... lavando até suas caras feias.
Mas chegam anjos... DOIS! Um deles, dançando e cantando, vai varrendo todo o chão com sua vassoura prateada. Não sobra uma sujeirinha pra contar história!
O outro anjo, flutuando sobre o estábulo, traz um lindo pano branco. Os dois anjos cobrem a manjedoura, fazendo uma caminha perfeita para receber o Menino.
O Boi e o Burro ficam maravilhados com tanta perfeição! Mas também ficam bem chateados: como imaginaram que dois animais como eles pudessem fazer um serviço de anjos?!
Um Boi babento não poderia fazer um trabalho tão bem feito!
Um Burro bobo não conseguiria colocar todas as coisas no lugar!
Os dois acabam brigando e ficando de mal!
Mas está tudo arrumado...só falta acontecer...Boi e Burro fazem as pazes quando veem chegar
Maria, José e
O MENINO JESUS!
Em seguida, chegam os três Reis Magos, vindos de todos os cantos da Terra, para adorar e presentear o Menino Deus.
"Que lindo!" - pensam o Boi e o Burro.
O Burro percebe que o Menino está com frio.
__Por que você não o esquenta com o seu bafo quentinho, hein, Boi?
__Que ótima ideia, Burro! Você até que ficou menos burro esta noite!
E o Boi chega pertinho da manjedoura para aquecer Jesus.
__E eu vou abanar as moscas com meu rabo. - decide o Burro.
__Nunca imaginei ser mais que um Boi!
__E eu, tão burro, tão burro... também nunca imaginei!
__Nós dois - dizem Boi e Burro juntos - humildes animais de um estábulo pobrezinho, ligados para sempre a este grande e eterno MISTÉRIO!
E os dois, Boi e Burro, deitam bem pertinho da manjedoura!
No final, todo mundo ganhou presentes!!
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de Maria Clara Machado
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Os superagradecimentos da
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Vinícius dos Santos Ritta
Texto original cedido gentilmente por
Ana Delise Claich Cassol
Presépio gentilmente cedido por
Nádia Faganello
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